Início » Crimes Cruéis » Annie Le, assassinada dentro de sua universidade

Annie Le, assassinada dentro de sua universidade

Annie Le foi assassinado por um colega de trabalho na universidade em que estudava. Seu corpo foi prensado em uma parede do prédio.

Annie Le nasceu em 03 de julho de 1985 em San Jose, no Estado da Califórnia. Sua família tinha origem vietnamita e era bastante unida, Annie foi sempre muito dedicada aos estudos.

Ao sair do ensino médio, ela ganhou uma bolsa de 160 mil dólares para cursar Biologia do Desenvolvimento Celular na Universidade de Rochester, Nova Iorque.

Foi durante esse período que conheceu seu noivo Jonathan Widawsky, os dois já estavam com o casamento marcado para 13 de setembro de 2009. Tragicamente, ela nunca vivenciaria essa experiência.

Dia do crime

Annie cursava doutorado em farmacologia e monitorava os efeitos de diferentes medicamentos em ratos na faculdade de Yale. Ela foi vista entrando no prédio onde ficava seu laboratório exatamente às 10h do dia 8 de setembro de 2009.

Câmera de segurança mostra Annie Le (à direita com blusa verde) entrando no prédio. / Foto: Reprodução

Annie não tinha o costume de se estender em seus estudos sem avisar, e ao anoitecer, quando não voltou ao dormitório estudantil, uma de suas colegas de quarto relatou seu desaparecimento as autoridades.

O prédio só permitia a entrada de pessoas autorizadas por meio da leitura de um crachá magnético. Naquele mesmo dia a polícia encontrou a bolsa, notebook e o celular de Annie em cima de sua mesa de trabalho no laboratório.

Era difícil apontar o caso em somente uma direção, até então nada indicava que Annie estava em perigo a não ser o fato de seu desaparecimento súbito. Chegou até a se especular que Annie poderia ter se escondido voluntariamente após um episódio de ansiedade devido a pressão dos estudos e a proximidade do casamento.

Revisando as câmeras de segurança, a polícia percebeu que Annie foi vista entrando no prédio mas sua imagem de saída não foi capturada por nenhuma das 70 câmeras espalhadas pelo campus naquele dia ou nos dias seguintes.

Roupas ensanguentadas no teto

Quatro dias após o desaparecimento da estudante, a polícia encontrou roupas cobertas de sangue que foram colocadas no forro de uma das salas do prédio. Mais tarde, através de exames de DNA, soube-se que o sangue era mesmo de Annie Le.

No dia seguinte, através da ajuda de cães farejadores, o corpo de Annie foi encontrado prensado dentro de uma parede do porão do prédio de pesquisas da Universidade de Yale. Seus ossos foram quebrados para que pudesse caber na parede, e seu rosto estava desfigurado devido ao trauma.

A causa da morte foi descrita como asfixia traumática, ou seja, ela foi morta através de uma compressão intensa de seu tórax que causou um esmagamento em seu corpo. Além disso, a mandíbula e uma das clavículas de Annie estavam quebradas e haviam hematomas atrás de sua cabeça.

Ela estava parcialmente despida e sêmen foi encontrado em sua roupa, indicando que também havia sido vítima de estupro. O caso de desaparecimento rapidamente evoluiu para um crime sexual seguido de assassinato.

Apenas 29 minutos após a entrada de Annie no prédio, em 8 de setembro, o técnico de laboratório Ray Clark de 24 anos foi flagrado nas imagens adentrando o prédio usando seu crachá de identificação. Estranhamente ao sair, Clark tinha trocado de roupa.

Raymond Clark III, o agressor

Ray era conhecido no campus por ficar zangado com os alunos que usavam o laboratório e o deixavam desorganizado. Alguns frequentadores de Yale deram descrições conflitantes sobre o técnico, alguns disseram que ele era controlador e zangado e outros o definiram como uma pessoa agradável.

Quando confrontado pela polícia, foi possível perceber que seu rosto e braço esquerdo estavam cobertos por arranhões, mas ele culpou um gato doméstico pelos ferimentos.

Segundo a investigação, Clark perseguiu Annie no laboratório e posteriormente levou seu corpo até uma sala do porão, onde somente um pequeno grupo de funcionários teria acesso, incluindo ele. Annie, apesar de realizar pesquisas no prédio, tinha um acesso limitado somente as áreas relativas a seu estudo.

As amostras de DNA fizeram com Clark que pudesse ser preso, uma meia ensanguentada e um jaleco descartado continham amostras sanguíneas do agressor e da vítima. Ray Clark confessou, em 17 de março de 2011, ser o culpado do assassinato.

Ele foi condenado a 44 anos de prisão e sua liberdade está programada para acontecer em 16 de setembro de 2053.

Faça parte do nosso grupo do Facebook
Sugira novos textos e converse com a gente 😀

Deixe um comentário