Roberta Dias desapareceu em Penedo, uma pequena cidade do estado de Alagoas, em abril de 2012. Sua ossada foi encontrada enterrada apenas nove anos após seu desaparecimento, em abril de 2021.
Seu corpo estava em avançado estado de deterioração, porém após alguns meses de trabalho, exames de DNA concluíram se tratar de Roberta Dias.
Na época ela estava grávida de três meses, e mesmo que as investigações ainda não tenham sido concluídas, existem fortes indícios que sua morte foi orquestrada por descontentamento da família do pai da criança, em ter um bebê.
Reviravolta no caso
Após passar alguns anos com o caso evoluindo muito pouco, em maio de 2018, vazou um áudio na internet onde Saulo, o pai da criança, e um amigo confessam ter matado a jovem em abril de 2012.
A acusação alega que os dois teriam convencido a Roberta entrar no carro após ela sair de uma consulta médica, enforcaram a moça dentro do veículo e então enterraram seu corpo.
Sogra é acusada de ser a mandante do assassinato
Com o andamento das investigações, o Ministério Público do Estado de Alagoas denunciou duas pessoas em 2018 por envolvimento no crime.
Os acusados foram a sogra de Roberta (vó da criança que iria nascer) e um amigo amigo do pai da criança. A promotoria afirma que a sogra de Roberta, teria sido “a mentora e financiadora da empreitada criminosa”. Atualmente ela responde em liberdade.
Saulo, o pai da criança, também teria envolvimento no crime, porém era menor de idade na época. Pela legislação brasileira atual isso dificulta a aplicação da pena.
Acusações
O processo segue em tramitação, e tanto o réu que confessou ter praticado o crime, quanto a ex-sogra da vítima, seguem em liberdade. Eles respondem por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.
Eu lutei para achar os ossos por nove anos e consegui. Agora é esperar que a justiça seja feita porque a de Deus já foi feita, falta a dos homens. Enquanto eu não vir que houve a justiça, eu não vou sossegar. Ainda não estou em paz porque é como se esse homicídio tivesse sido hoje.
Mônica Reis, mãe da vítima, em entrevista para o G1.
Muitos elementos e muitas possibilidades indicam apenas o início da investigação.