April Sue-Lyn Jones nasceu em 4 de abril de 2007 na cidade de Machynlleth, Powys, no País de Gales. Ela foi um bebê prematuro que nasceu de sete meses de gestação e tinha algumas deformidades em seu quadril e pernas.
Em seus primeiros meses de vida ficou hospitalizada e após a alta precisou fazer sessões de fisioterapia regularmente já que sentia muitas dores para se movimentar.
Desde os 3 anos de idade, seus pais incentivaram April a andar de bicicleta, a fim de fortalecer sua musculatura. Essa era uma atividade que ela adorava e era comum vê-la pedalando com os amigos na pequena cidade de apenas 2000 habitantes.
Levada por uma van cinza
Na noite de 1º de outubro de 2012, após assistir um filme com sua colega de escola enquanto os pais de ambas jantavam, April implorou para andar de bicicleta com a amiga na frente de casa.
Os pais da menina acabaram cedendo, com sua mãe dizendo à ela que não queria que Jones ficasse fora por muito tempo. A pequena menina foi vista pela última vez andando em sua pequena bicicleta rosa, aproximadamente às 19h.
April encontrou mais alguns amigos de sua idade e eles começaram a pedalar juntos até que, segundo depoimentos das próprias crianças, April embarcou sorridente em uma van cinza.
Vinte minutos após liberar April para brincar, sua mãe Coral saiu na rua para chamá-la. Ela não encontrou e filha e questionou os amigos, que relataram a cena que viram: um homem havia chamado April pelo nome, ela foi até ele e sentou-se na parte de trás da van e os dois partiram.
Desesperada, às 19:29h, a mãe ligou para a polícia e comunicou o desaparecimento da filha. Um número de telefone foi disponibilizado pela polícia a fim de obter informações, e com o auxílio de psicólogos o depoimento das crianças começou a ser registrado.
Já que eram os únicos a testemunhar o acontecido, os relatos dos amigos de 4 a 6 anos foram fundamentais para o caso. Não é nada fácil entrevistar crianças que presenciaram situações como essa. Isso tomou bastante da polícia, retardando o surgimento de evidências.
Cães farejadores foram utilizados nas buscas, e voluntários patrulharam em um raio de 50km em torno da cidade, todavia nada foi encontrado. Apesar de bastante envolvida, a comunidade estava chocada devido a ausência de crimes na pequena cidade. Todos se conheciam e estavam acostumados a deixar suas portas abertas, até mesmo durante a noite.
Detalhe decisivo
Os depoimentos das crianças eram parecidos e tinham bastante consistência. Um detalhe chamou a atenção da polícia: uma criança disse que o motorista da van tinha o volante do lado errado, ou seja, do lado esquerdo já que naquela cidade o padrão seriam os volantes do lado direito.
Rapidamente os próprios moradores indicaram à polícia uma pessoa que tinha o carro assim, este era Mark Bridger, um homem local de 46 anos, pai de seis filhos e com um histórico de relacionamentos não duradouros.
Na mesma noite em que April foi levada, Mark tinha terminado mais um relacionamento amoroso e tentou marcar encontros com mulheres pela internet, no intuito de mostrar para sua ex-namorada que não estava sofrendo. Todas as tentativas fracassaram, e enquanto seguia procurando mulheres na internet, ele também fazia downloads de vídeos de pornografia infantil.
Mark era alcoólatra, tinha passagens na polícia por roubo e violência doméstica mas até então nenhuma agressão sexual.
Comportamento suspeito
Na manhã seguinte, em 2 de Outubro, a polícia sobrevoava a casa de Mark com um helicóptero, ele foi avistado passeando com seu cachorro. O comportamento do homem chamou a atenção da polícia, visto que não eram comuns helicópteros na região e é uma reação normal de qualquer pessoa olhar ao céu quando algo sobrevoa sua cabeça tão de perto.
Mark seguiu o trajeto com seu cão olhando para baixo, como se não percebesse o helicóptero. Ele parecia evitar a todo custo o contato direto. Não demorou muito para que todas as suspeitas caíssem, de fato, sobre ele.
Busca na casa de Mark Bridger
Na manhã seguinte policiais foram fazer uma busca na casa de Mark. Ele não estava no local, mas a porta estava aberta e o interior da casa estava muito quente devido a lareira ligada com fogo alto. Tudo cheirava a desinfetante e alvejante, mas infelizmente nenhum sinal de April foi encontrado à primeira vista.
Ao mesmo tempo que policiais revistavam a casa minuciosamente, Mark foi parado em uma barreira policial enquanto dirigia sua van. Ele foi detido para averiguação, e ao chegar na delegacia foi apontado como principal suspeito do desaparecimento de April Jones.
Dezoito horas de interrogatório
Após 18 horas de interrogatório e entrevistas a três policiais diferentes, Mark deu sua versão do que havia acontecido com a pequena menina de 5 anos. Ele disse que dirigia bêbado naquela noite e atropelou April enquanto ela andava de bicicleta.
Segundo Mark, ele pegou a menina nos braços desacordada, colocou em sua van e realizou os primeiros socorros. Ao perceber que ela havia falecido ficou em estado de choque, e por conta do álcool que havia ingerido, não se lembrava do que fez com o corpo.
Mas de acordo com o depoimento das crianças, e também com a bicicleta rosa que foi achada intacta, nada corroborava com a história de atropelamento. A irmã mais velha de April, contou para a polícia que já tinha visto Mark na cidade, e que inclusive ele havia tentado adicioná-la no Facebook dizendo ser amigo de seus pais, mas ela não aceitou.
Partículas de sangue são encontradas
Peritos forenses coletaram pequenas partículas de material biológico na casa de Mark, incluindo gotículas de sangue e cinzas da lareira. Infelizmente ficou comprovado que o sangue era de April, e fragmentos de seu crânio foram encontrados entre as cinzas.
Até hoje não se sabe o que houve naquela noite, Mark sempre se negou a contar. A polícia acredita que ele tenha abusado sexualmente da menina e para se livrar das provas queimou o corpo na lareira.
No notebook de Mark foram encontrados grande quantidade de material com pornografia infantil, além de fotos de April brincando na rua e também de sua irmã mais velha.
Condenado à prisão perpétua
Em 30 de maio de 2013, Mark Bridger foi condenado a prisão perpétua após um julgamento de 30 dias. Ele foi acusado de perverter o curso da justiça, escondendo e destruindo o corpo de April Jones, além da acusação de assassinato.
As demais partes do corpo de April nunca foram recuperadas.
Busca por pornografia infantil na internet
Em novembro de 2013, como resposta aos assassinatos de April Jones e Tia Sharp, os mecanismos de busca Google e Bing modificaram seus sistemas para bloquear resultados de buscas destinadas a produzir imagens de abuso infantil.
Adoro casos de investigação criminal, esse caso da garotinha April Jones passou no canal id
Ele deve ter abusado dela… a questão é, ela estava viva ou morta durante o ato?…
Tem um documentário mto bom na HBO MAX sobre esse caso. April Jones, as fitas do interrogatório.