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Latoya Ammons, a casa dos 200 demônios

Uma mãe e seus três filhos enfrentaram uma série de eventos paranormais em uma casa assombrada por 200 demônios, que incluíam levitações, possessões e ataques inexplicáveis.

Em novembro de 2011, Latoya Ammons, uma mãe norte-americana, mudou-se para a casa de número 3860 na Carolina Street, na cidade de Gary, Indiana, junto com sua mãe, Rosa Campbell, e seus três filhos. Na época, a filha mais velha de Latoya tinha 12 anos, e os dois meninos mais novos tinham 9 e 7 anos.

A escolha da casa parecia prática e temporária. A ideia era que a residência fosse uma solução de curto prazo até que Latoya conseguisse juntar dinheiro para comprar um lar definitivo para a família.

A casa era grande, com três quartos no andar superior e mais dois no porão. Era perfeita para acomodar todos os membros da família. Rosa trabalhava em uma casa de repouso da região, enquanto Latoya estudava cosmetologia. As crianças estavam matriculadas na escola local e, nos primeiros dias, a vida parecia se encaminhar normalmente. Mas, pouco depois de se instalarem, eventos estranhos começaram a ocorrer.

Residência da família Ammons. / Foto: Reprodução.

Fenômenos estranhos

Tudo começou de forma sutil. Objetos desapareciam e surgiam em lugares incomuns. A família, inicialmente, acreditava que se tratava de esquecimentos e confusão entre eles.

Com o tempo, a tensão cresceu, pois cada um acusava o outro de pegar as coisas sem permissão. Paralelamente, Latoya começou a notar sombras escuras que pareciam se mover pelo canto de seus olhos, o que a fez pensar que talvez estivesse com problemas de visão.

Logo, os filhos de Latoya começaram a se comportar de maneira anormal. Tornaram-se rebeldes, desobedientes e, com o passar dos dias, o comportamento deles escalou para agressividade e violência. A situação começou a se intensificar de forma preocupante.

Em uma noite fria de dezembro, a família notou uma nuvem de moscas pretas se aglomerando na varanda da casa. Isso era especialmente estranho porque a varanda era toda fechada por telas e, naquela época do ano, as temperaturas eram baixas demais para a proliferação de moscas.

Mesmo que Latoya e Rosa matassem as moscas repetidamente, elas sempre voltavam em grande número, aparecendo de forma inexplicável. A presença das moscas foi o primeiro sinal físico de que havia algo muito errado com a casa.

Barulhos e figuras sombrias

À medida que o tempo passava, todos os membros da família começaram a ouvir ruídos estranhos pela casa durante a noite. Passos, batidas e sons de objetos se movendo ecoavam especialmente do porão, mesmo quando todos estavam no andar superior. Assustados, trancaram a porta que dava para o porão, mas isso não impediu que os barulhos continuassem.

Em uma noite, Rosa acordou de repente e avistou uma figura escura, quase como uma sombra, se movendo pela sala de estar. Assustada, tentou acender as luzes, mas nada aconteceu. Na manhã seguinte, encontrou pegadas molhadas exatamente onde havia visto a figura. Poucos dias depois, a situação se agravou quando começaram a ouvir um cachorro latindo pela casa, mesmo sem terem um animal de estimação.

Levitação

Com o tempo, os comportamentos violentos dos filhos de Latoya se tornaram mais frequentes e intensos. As crianças começaram a se atacar fisicamente, muitas vezes sem provocação, e sofriam de episódios de convulsões e mudanças repentinas de humor.

Dores de estômago, sangramentos inexplicáveis e até sintomas semelhantes a doenças graves começaram a afetar todos na casa, exceto Rosa.

A situação atingiu um ponto crítico na madrugada de 10 de março de 2012, quando Latoya e sua filha de 12 anos estavam no quarto de Rosa com uma amiga. De repente, a menina desmaiou e começou a flutuar inconsciente sobre a cama.

Latoya e Rosa, desesperadas, reuniram-se ao redor da cama e começaram a rezar. Lentamente, a filha foi descendo em direção à cama e acordou sem qualquer lembrança do que havia acontecido. Quando contaram o ocorrido aos familiares, todos saíram da casa apavorados, se recusando a voltar.

Igrejas e clarividentes

Apavoradas e sem saber o que fazer, Latoya e Rosa buscaram ajuda em igrejas locais. Relataram os eventos, mas a maioria das igrejas não levou suas alegações a sério.

Uma única igreja sugeriu que poderia haver espíritos malignos na casa e recomendou uma limpeza espiritual. Elas deveriam usar amônia e água sanitária para purificar a casa e desenhar cruzes com azeite em todas as portas e janelas para proteção.

Latoya seguiu as instruções meticulosamente, ungindo até mesmo as testas de seus filhos com azeite, enquanto recitava orações. Mas, para o desespero da família, os fenômenos continuaram.

Decidiram então buscar a ajuda de dois clarividentes, que visitaram a casa e deram um veredicto alarmante: havia cerca de 200 demônios ali. Eles alertaram que os espíritos eram muitos e poderosos, e que a família precisava sair de lá imediatamente.

Apesar do aviso, a situação financeira da família não permitia que se mudassem. Latoya montou um pequeno altar no porão, na tentativa de criar um espaço de proteção. A mesa era coberta com um lençol branco e decorada com uma vela e imagens de Maria, José e Jesus.

Ela e outra pessoa realizaram um ritual, queimando ervas e recitando o Salmo 91. A paz durou apenas três dias.

Possessões e ataques sobrenaturais

Quando as manifestações retornaram, pareciam ainda mais agressivas. As crianças passaram a exibir sinais de possessão: cochichos em vozes estranhas, sorrisos sinistros e olhares assustadoramente vazios.

A violência escalou tanto que, em uma noite, todos precisaram dormir no mesmo quarto, pois qualquer um que ficasse sozinho começava a levitar e era arremessado no chão.

Latoya também passou a sentir os ataques diretamente. Relatou que sentia uma sensação de calor intenso e tontura quando uma entidade se aproximava dela.

Em um momento de pânico, Rosa acreditou que possuía uma espécie de imunidade natural contra as possessões, mas Latoya não sentia a mesma proteção e ficou cada vez mais debilitada.

Intervenção médica e policial

A situação se tornou insustentável e Latoya acabou buscando ajuda médica para os filhos. Durante a visita ao consultório, os filhos amaldiçoaram o médico com vozes que ele descreveu como “não humanas”.

Assustado, ele chamou a polícia e o departamento de proteção infantil. Valerie Washington, assistente social designada para o caso, visitou a casa no dia 19 de abril de 2012 e viu com os próprios olhos o inexplicável: um dos filhos de Latoya andou pelas paredes e deu uma cambalhota sobre a avó, sem nunca soltar sua mão.

Latoya e a mãe. / Foto: Reprodução.

Com o envolvimento das autoridades, a família foi temporariamente separada. Valerie recomendou que as crianças fossem removidas da casa e colocadas sob cuidados temporários. Latoya ficou arrasada com a separação e, embora sentisse que tinha perdido a batalha, ainda tinha esperança de reunir a família novamente.

Exorcismo

O Reverendo Michael Maginot foi convocado para realizar um exorcismo. Ele entrevistou Rosa e Latoya por quatro horas, durante as quais as luzes piscavam e as cortinas se moviam sozinhas. Com base nas evidências, o Reverendo realizou três rituais de exorcismo, dois em inglês e um em latim.

Durante as sessões, Latoya convulsionou e gritou de dor, afirmando que os demônios resistiam a deixar seu corpo.

Depois do último ritual, a casa finalmente ficou em silêncio. Latoya e sua mãe se mudaram para Indianápolis e, em novembro de 2012, após meses de separação, os filhos voltaram para casa. Não houve mais relatos de possessões.

Com a fama da casa crescendo, o investigador paranormal Zak Bagans comprou a propriedade e a demoliu em 2016. Ele coletou partes do porão para exibição em seu museu de fenômenos sobrenaturais em Las Vegas.

Imagens da demolição. / Foto: Reprodução.

Latoya e sua família nunca mais voltaram à casa de Gary, Indiana. A história ficou conhecida como um dos casos de possessão mais bem documentados da história americana e serviu de inspiração para o filme The Deliverance.

Hoje, a família vive em paz, longe dos horrores que enfrentaram, mas ainda carregam as cicatrizes do que ocorreu naquela casa.

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