Amy Bishop, antiga professora de biologia na Universidade do Alabama em Huntsville (UAH), foi condenada por ter matado 3 dos seus colegas e ferido outros 3 durante um tiroteio na universidade em 2010.
O incidente, que ocorreu em 12 de fevereiro, aconteceu durante uma reunião de professores no Centro de Ciência e Tecnologia de Shelby, no campus da UAH.
Bishop sacou uma arma e começou a disparar contra os seus colegas. Três deles, Gopi K. Podila, Adriel D. Johnson Sr., e Maria Ragland Davis, foram mortos, e três outros, Joseph G. Leahy, Luis Cruz-Vera, e Stephanie Monticciolo, foram feridos. Após o tiroteio, Bishop fugiu do local, porém mais tarde foi detida pela polícia.
Amy Bishop já apresentava comportamento estranho
Os antecedentes de Bishop foram analisados na sequência do tiroteio na UAH. Foi revelado que ela tinha um histórico de comportamento instável e que tinha estado envolvida em vários outros incidentes, incluindo uma briga num restaurante IHOP em Peabody, Massachusetts, no qual ela apontou uma arma depois de lhe ter sido pedido para sair.
Em 1986, Bishop esteve envolvida num incidente de tiroteio em que o seu irmão foi morto, o qual foi inicialmente considerado um acidente mas posteriormente reclassificado como homicídio na sequência de sua detenção pelo tiroteio na UAH.
O incidente na UAH levou a uma revisão da resposta da polícia ao incidente de 1986, no qual o seu irmão foi morto. Descobriu-se que a polícia não tinha conduzido corretamente a investigação e não tinha examinado devidamente todas as provas. O tiroteio também levou a uma investigação do processo de posse da universidade, que revelou uma falta de transparência e de responsabilização.
O episódio foi um acontecimento trágico que resultou na perda de três vidas e deixou várias outras feridas. Salientou também a necessidade de melhores verificações dos antecedentes e melhores procedimentos policiais para lidar com incidentes desta natureza. As famílias das vítimas, bem como a comunidade universitária, continuam a lamentar aqueles que foram perdidos e afectados pelo tiroteio.
Em Setembro de 2012, Bishop declarou-se culpada de homicídio capital e foi condenada a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. O acordo foi alcançado para evitar a pena de morte e para poupar a sua família ao trauma de um julgamento.
Questões controvérsias
A primeira está relacionada com a verificação dos antecedentes, foi revelado que a polícia não tinha examinado devidamente todas as provas do incidente de 1986 em que o seu irmão foi morto, o que levantou questões sobre o processo de verificação dos antecedentes e a sua eficácia na prevenção de futuros incidentes.
O segundo está relacionado com o processo de posse e a sua transparência e responsabilização, a investigação revelou uma falta de transparência e responsabilização no processo de posse, o que levantou questões sobre a equidade do processo e o seu papel no incidente do tiroteio.
O terceiro está relacionado com a saúde mental de Amy, foi revelado que Bishop tinha um histórico de comportamento imprevisível e esteve envolvida em vários outros incidentes, o que levantou questões sobre a capacidade do sistema de saúde mental para identificar e tratar indivíduos que possam ser um perigo para si próprios e para os outros.
Por que Amy Bishop matou?
Não é conhecida a motivação exata por detrás da razão pela qual Amy Bishop matou os seus colegas. No entanto, acredita-se que as suas ações foram motivadas pela sua frustração e raiva por lhe ter sido negado o mandato na Universidade do Alabama em Huntsville (UAH). Bishop tinha sido professora na UAH durante vários anos e tinha estado em funções importantes, mas a sua candidatura foi negada.
Em conclusão, o caso Amy Bishop é um acontecimento trágico que teve um profundo impacto nas vítimas e suas famílias, bem como na comunidade da Universidade do Alabama, em Huntsville.