Marc Dutroux nasceu em 6 de novembro de 1956, na Bélgica. Ele se tornou conhecido mundialmente como um dos criminosos mais infames da história belga devido a seus terríveis crimes cometidos nas décadas de 1980 e 1990.
Muitos belgas acreditam que Dutroux fazia parte de uma rede de pedófilos, a qual incluía membros do alto escalão do governo belga, governos internacionais e que as várias pessoas, supostamente envolvidas, nunca foram processadas.
Dutroux começou sua vida criminosa com pequenos delitos, mas logo se envolveu em atividades mais graves, incluindo roubos e tráfico de drogas. No entanto, ele ficou conhecido principalmente por seus crimes sexuais e sequestros de crianças.
Delinquente juvenil
Dutroux tinha um longo histórico de delinquência juvenil. Após ficar desempregado como eletricista, ele passou a roubar carros e a ganhar dinheiro com cafetões, o qual usava para comprar várias propriedades.
Ele era casado com Michelle Martin, com quem teve três filhos. Tem também dois filhos de um casamento anterior. Ele é algumas vezes chamado pela imprensa de o Monstro de Marcinelle.
Complexo subterrâneo
Descobriu-se que Dutroux havia construído um complexo subterrâneo em sua casa, onde mantinha suas vítimas em cativeiro. As crianças, com idades entre 8 e 19 anos, eram sequestradas, abusadas sexualmente e mantidas em condições horríveis de confinamento. Algumas vítimas morreram de fome ou negligência enquanto estavam em seu poder.
Dutroux era conhecido por ter cúmplices em seus crimes. Sua esposa, Michelle Martin, e um homem chamado Michel Lelièvre foram considerados cúmplices em seus sequestros.
Julie Lejeune e Mélissa Russo
Essas duas meninas belgas, ambas com oito anos de idade, foram sequestradas em junho de 1995, enquanto brincavam em um parque. Dutroux manteve as duas crianças em cativeiro em uma cela subterrânea em sua propriedade.
Elas foram sujeitas a abusos sexuais repetitivos enquanto Marc filmava tudo. Infelizmente, Dutroux deixou as meninas morrerem de fome enquanto ele estava cumprindo uma breve pena de prisão por outros crimes.
É importante lembrar que neste período a esposa de Marc lembrou de alimentar os cachorros, mas sequer levou um prato de comida para as meninas.
An Marchal e Eefje Lambrecks
No mesmo ano, Dutroux sequestrou An Marchal, de 17 anos, e Eefje Lambrecks, de 19 anos. Ele as manteve em cativeiro acorrentadas em uma, sujeitando-as a abusos sexuais e maus-tratos antes de assassiná-las.
A esposa de Dutroux nunca pareceu se importar com as atrocidades que aconteciam em sua casa, mas até hoje não se sabe ao certo o tamanho de sua participação nos crimes. Os corpos das adolescentes foram encontrados enterrados em sua propriedade em agosto de 1996, após sua prisão. A causa da morte é desconhecida.
O arquivo “X”
O arquivo “X” são os relatos de vítimas. Eles foram criados depois que o juiz Jean-Marc Connerotte fez um apelo público para que as vítimas se apresentassem. No total, pelo menos dez vítimas entraram em contato com a polícia. Todas as testemunhas receberam o codinome “número X”.
Foi revelado que o nome de uma das testemunhas, X1, era Régina Louf. O nome completo de Louf vazou para a imprensa em uma campanha para fazê-la ser vista como uma fantasista e mentirosa.
Regina Louf afirmou que outros menores estiveram presentes nas festas de sexo e que tudo era filmado secretamente para fins de chantagem. Ela deu à polícia nomes, endereços e descrição detalhada de dois assassinatos, que correspondiam a casos não resolvidos envolvendo adolescentes. Louf disse que as festas não incluíam apenas sexo, mas também sadismo, tortura e assassinato.
Ela afirmou que um dos organizadores das festas era um homem que ela conhecia como Mich (Jean Michel Nihoul). Louf o descreveu como um homem cruel, que sadicamente torturava meninas. Louf disse que Dutroux era na época um jovem que trazia drogas para as festas para as meninas e cuidava delas de outras maneiras.
Como recompensa, ele também tinha permissão para usá-las para seu prazer. Os crimes que Louf descreveu aconteceram cerca de dez anos antes da prisão do criminoso.
Uma das outras testemunhas X, cujo nome verdadeiro não foi revelado, mas que depois trabalhou para a polícia, disse que testemunhou e experimentou abusos semelhantes. As testemunhas também relataram casos em que crianças eram perseguidas pela floresta por cães.
A testemunha X3 afirmou que uma das pessoas presentes nas reuniões que envolveram orgias sexuais com menores, tortura e assassinato foi Willy Claes, secretário-geral da OTAN. Willy Claes renunciou depois de ser considerado culpado de corrupção em um processo de licitação para compra de helicópteros militares.
O depoimento da testemunha X2 implicou Etienne Davignon, Maurice Lippens, Paul Vanden Boeynants, Benoît de Bonvoisin e o Príncipe Alexandre de Saxe-Coburg-Gotha como tendo estado presentes em orgias envolvendo menores de idade.
Rede de pedofilia?
O caso Dutroux revelou falhas graves no sistema de justiça e na investigação policial. Houve alegações de negligência, corrupção e até mesmo encobrimento por parte das autoridades responsáveis. A lentidão e os erros nas investigações permitiram que Dutroux continuasse cometendo crimes por um longo período de tempo.
Em 1995 a mãe de Dutroux falou para a polícia que ele mantinha meninas cativas numa de suas casas, no entanto os policiais ignoraram a pista.
Durante seu julgamento, Dutroux alegou que estava agindo como parte de uma rede de pedofilia e tráfico de crianças, envolvendo pessoas influentes. No entanto, não foram encontradas provas substanciais que corroborassem essas alegações.
O caso gerou uma onda de protestos em toda a Bélgica, com pessoas exigindo uma investigação completa e uma reforma do sistema de justiça. Houve críticas severas às autoridades belgas pela forma como o caso foi conduzido.
Justiça para as vítimas
Marc Dutroux e Michelle foram presos pela primeira vez em 4 de fevereiro de 1986 por sequestro e estupro de menores de 16 anos. Eles foram condenados em abril de 1989 a 13,5 e 5 anos de prisão respectivamente. Michelle recebeu a condicional em 1991 e Marc em 1992.
Marc voltou a ser preso em 1995 por roubo de carros e depois, em 1996, por sequestro, estupro e assassinato, após a polícia encontrar seis vítimas. Ele foi condenado em 2004 à prisão perpétua por sequestro, tortura, homicídio e estupro de menores, associação criminosa e tráfico de drogas. Atualmente cumpre pena em Nivelles, ao sul de Bruxelas.
Michele, a então mulher de Dutroux, foi condenada a 30 anos de prisão por cumplicidade no sequestro de vítimas e morte de duas meninas.
Michel Lelièvre, que admitiu participação no sequestro de Laetitia, Sabine, An Marchal e Eefje Lambrecks, foi condenado a 25 anos de prisão.
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