Steven Walter Pladl nasceu em 1975 nos EUA. Aos 20 anos de idade, Steven conheceu Alyssa, de 15. Eles começaram a namorar e a garota fugiu de sua casa no Texas rumo à New York onde se casaria com Steven.
Quando Alyssa completou 16 anos de idade já estava grávida, dando a luz a sua primeira filha chamada Denise. Com oito meses de idade, a criança foi colocada para adoção. Os pais alegaram serem muito jovens para lidar com as responsabilidades de um bebê e também não possuírem condições financeiras para tal.
Abusos revelados
Anos depois, Alyssa trouxe à tona os reais motivos que a fizeram acreditar que adoção era o melhor caminho. A mãe já havia presenciado cenas estranhas de Steven com Denise e tinha quase certeza de que o pai já havia abusado do bebê de apenas alguns meses.
Alyssa relata que desde o momento de nascimento de sua filha, o pai nunca demonstrou amor pela criança. Ele não fazia questão de pegá-la no colo e ficava extremamente irritado com os choros do bebê.
A mãe conta que, em uma determinada ocasião, Steven decidiu colocar sua filha que estava chorando dentro do congelador no intuito de abafar o som. Alyssa fazia de tudo para evitar os abusos contra o bebê, mas Steven impedia que ela salvasse a criança e a mãe só poderia retirá-la de lá quando ele determinasse.
Por diversas vezes isso se repetiu, Steven tinha o hábito de abafar o choro de Denise a trancando em locais pequenos e fechados. Alyssa relata que muitas vezes, quando recebia permissão de pegar a filha de volta, o bebê estava ofegante, com falta de ar e a a boca completamente roxa.
No ano de 2006, Denise foi colocada para adoção. Algum tempo depois, Steven e Alyssa se casam oficialmente e têm mais dois filhos juntos.
De Denise para Katie Rose
Anthony e Kelly Fusco adotaram Denise e mudaram seu nome para Katie Rose Fusco. A garota foi criada como filha biológica do casal juntamente com seu irmão, também adotivo.
A família levava uma vida tranquila. Katie era uma boa aluna e mostrava grande aptidão para atividades artísticas. Seu plano, depois de formada no colegial, era ingressar na universidade e cursar publicidade online. Ela também era vegetariana e uma grande defensora dos animais.
Em agosto de 2016, quando Katie competou 18 anos, seus pais já haviam contado que ela era filha adotiva. Ela decide então entrar em contato com seus pais biológicos, Steven e Alyssa Pladl, através do Facebook.
O casal ficou muito feliz com o contato de Kate, e em agosto de 2016 ela decidiu que a faculdade ficaria para outro momento. Nessa data ela se muda para a casa dos pais biológicos em Knightdale, Carolina do Norte. Os pais adotivos não ficaram confortáveis com a situação, mas como Kate já era maior de idade eles resolveram apoiá-la.
Ambiente familiar complicado
As coisas na casa da família Pladl não iam muito bem. Apesar do casal ainda morar junto, Steven e Alyssa dormiam em quartos separados. A esposa era vítima de violência física e verbal, todos na casa tinham medo dos surtos de Steven.
Em um destes episódios ele matou o gato do vizinho com suas próprias mãos e depois o colocou na lixeira como se nada tivesse acontecido. A casa vivia conforme o humor de Steven, se ele estava feliz então todos poderiam circular livremente, mas caso ele estivesse em um dia ruim a familia deveria se trancar nos quartos enquanto ele dava socos na parede e quebrava objetos.
Quando Alyssa dizia que queria o divórcio, Steven dizia que cometeria suicídio dando um tiro em sua própria cabeça. Isso fazia com que a esposa recuasse, pois ela sabia que ele era capaz de qualquer coisa e acima de tufo ela ainda o amava.
A única parte que havia melhorado era a relação de Steven com as filhas mais novas. Alyssa não percebia sinais de abuso sexual, mas em contrapartida havia episódios de humilhação e violência. Uma das filha do casal era autista, e Steven costumava chamá-la de “retardada”.
Logo que Katie veio morar com os Pladl, Alyssa lhe disse que o principal motivo por tê-la colocado para adoção foi o abuso que Steven cometia contra ela enquanto ainda era um bebê. Katie não mostrou preocupação com a revelação feita pela mãe biológica e a partir deste momento o cenário só piorou cada vez mais.
Dormindo no mesmo quarto
Steven sofreu uma mudança drástica de personalidade e visual a partir do momento em que Katie começou a fazer parte da família. Ele tornou-se vaidoso com seus cabelos e barba e passou a vestir calças e camisetas mais justas.
Na época ele estava desempregado e passava o dia todo em casa com as filhas enquanto Alyssa trabalhava como supervisora em uma loja. Seis semanas após a mudança, Steven passou a dormir no chão do quarto de Katie, isso preocupou Alyssa.
Após algumas noites ela decidiu confrontar o marido, ele foi ríspido dizendo a ela que isso não era da sua conta. No mesmo dia, Steven deixou a casa acompanhado de Katie e só retornou no dia seguinte.
Alyssa e Steven se divorciaram, mas continuaram dividindo a guarda das filhas. Em maio de 2017, a mãe acabou lendo o diário de uma das filhas e ficou chocada com o que estava escrito.
Meu pai também chama o bebê de Katie de bebê dele. Ele até disse que ela é minha madastra e me proibiu de chamá-la de irmã…
Trecho do diário escrito por uma das irmãs mais novas de Katie.
Imediatamente Alyssa liga para Steven e pergunta se aquilo era mesmo verdade. Ele não se mostra preocupado, e inclusive debocha dizendo que isso não era novidade e que estava surpreso pela mulher só ter descoberto a essa altura. Após desligar o telefone, Alyssa liga para a polícia e dá início a uma investigação de incesto.
Casamento relâmpago
Em 20 de julho de 2017, Katie e Steven se casam em uma cerimônia a beira de um lago em Parkton, Maryland. Para conseguir autorização matrimonial, eles mentiram que não eram parentes. Os pais adotivos de Katie e a mãe de Steven (vó biológica de Katie) estavam presentes na cerimônia.
Anthony e Kelly Fusco sabiam que aquilo não era certo, mas como Katie já estava com muitos meses de gestação eles decidiram apoiá-la mais uma vez, visando o bem estar da criança que ela estava esperando.
Em primeiro de setembro de 2017, nasce o filho do casal que é chamado de Bennett Kieron Pladl. Eles se mudaram para uma casa de fim de rua na Carolina do Norte. Tudo parecia bem, mas não demorou muito para que Katie visse a verdadeira face de Steven.
Ele começou a ser abusivo e agressivo com ela até que dois meses depois o casal foi preso sob acusação de incesto, adultério e contribuição para delinquência.
Enfrentando acusações
O advogado de Steven sustentou que o relacionamento de seu cliente com Katie era consensual e afirmou que Steven estava “perdidamente apaixonado” por sua filha e que isso “superava a questão de eles serem biologicamente relacionados”, citando os problemas conjugais de Steven como um fator.
Tempos depois o casal foi libertado sob fiança e com a condição de que não poderiam ficar perto um do outro. A guarda de Bennett ficaria com a mãe de Steven.
Katie voltou a morar com os pais adotivos e visitava Bennett todas as terças e quintas-feiras.
Sequência de tragédias
Em 12 de Abril de 2018, Katie e Anthony Fusco viajaram de Dover, Nova York, para Waterbury, Connecticut, para visitar a avó de Katie que estava com Bennett.
Sabendo que isso era uma rotina para ela, Steven viajou para Dover e seguiu o carro de Katie e Anthony, e os assassinou com seu rifle de assalto Aero.
Ele então ligou para sua mãe e disse a ela que havia assassinado Katie, Anthony e Bennett. Mais tarde, ele cometeu suicídio através de um ferimento autoinfligido por arma de fogo em Dover, Nova York.
Sua mãe chamou a polícia, que encontrou Bennett morto na casa de Steven. Pessoas que passavam no local relataram que tiros foram disparados em New Milford, e a polícia descobriu os corpos de Katie e Anthony em seu carro.
Steven assassinou seu filho Bennett, de sete meses, em sua casa um dia antes. Acredita-se que Bennett tenha morrido por asfixia. O motivo para a sequência de crimes teria sido uma ligação de Katie para Steven dizendo que ela não queria mais manter o relacionamento dos dois.
Após os assassinatos, o advogado de Steven afirmou que “ninguém jamais poderia ter previsto” as ações de seu cliente, e que durante as reuniões, ele não mostrou “nenhuma indicação” de possivelmente recorrer à violência.
meu deus